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João Alexandre Carvalho, Digital Strategy & Innovation Advisor da Cargill

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Alexandre Carvalho, Digital Strategy & Innovation Advisor da Cargill, foi um dos entrevistados para o estudo Liga Insights AgTechs, lançado em abril de 2019. Durante a entrevista, ele falou sobre os principais eixos de inovação da Cargill e quais as estratégias da empresa para implementar novas tecnologias na gestão de sua cadeia produtiva.

O estudo completo está disponível para download neste link.

A Cargill é uma multinacional atuante no segmento de produção e processamento de alimentos, estando presente em 67 países e com mais de 160 mil colaboradores em todo o mundo. 

João Alexandre Carvalho é bacharel em Engenharia Industrial pela Universidade Federal de São Carlos, com MBA em Administração de Negócios pela FIA. Com passagens por empresas do setor de alimentos e pharma, é, desde 2018, Digital Strategy & Innovation Advisor na Cargill.
Confira a seguir a entrevista na íntegra:

 

Liga Insights (LI) – Qual tem sido o foco de inovação da Cargill?

João Alexandre Carvalho (JC) A Cargill tem o compromisso de ajudar o mundo a prosperar. Acreditamos que isso só será possível com inovação e tecnologia e, assim, trabalharmos soluções do futuro, hoje. A inovação na Cargill historicamente foi focada em processos e produtos. Atualmente ampliamos nosso olhar para novas formas de geração de valor com tecnologias digitais, ao longo das cadeias produtivas em que atuamos. Como líderes em gestão de cadeias agrícolas e de alimentos, também desenvolvemos tecnologias base para “digital supply chains”, como a colaboração no Hyperledger Grid, que é um framework open source para lidar com questões de rastreabilidade, segurança do alimento e transações financeiras, democratizando o acesso às ferramentas de desenvolvimento de soluções em blockchain e smart contracts.

 

LI – Como a Cargill tem implementado tecnologias e com qual finalidade?

JC – Geralmente uma nova implementação surge de uma necessidade atual de negócio ou de novas necessidades e tendências que observamos no mercado. Além do modelo tradicional de implantar grandes projetos para resolver grandes questões, também atuamos com protótipos de soluções, em que podemos aprender de forma rápida e escalar uma solução mais adequada, já testada.

Estruturalmente, a Cargill vivendo um momento muito interessante em que TI desenvolve novos negócios e o negócio desenvolve novas soluções tecnológicas. Temos uma estrutura matricial rica que propicia aprender e compartilhar na organização cada nova tecnologia implementada. E são muitas as iniciativas. 

Uma iniciativa de sucesso é a geração de insights de produtividade de safras globalmente com uso de big data, incluindo imagens de satélites, dados climáticos e informações de campo. Isso tem possibilitado que a empresa atue de forma mais eficiente na cadeia produtiva e na oferta global de produtos agrícolas.

 

LI – Quais são os desafios enfrentados pela Cargill que as tecnologias poderiam ajudar?

JC – Os principais paradigmas nos quais atuamos são os de transparência e segurança na produção de alimentos para os consumidores, comercialização responsável, a nutrição sustentável e prosperidade do produtor. Essas questões são essenciais para um mundo melhor e só são possíveis graças às tecnologias, que não apenas viabilizam, como também mudam a dinâmica dos mercados.

 

LI – A Cargill Brasil se relaciona com as AgTechs?

JC – A Cargill se relaciona com startups globalmente com seu programa de aceleração Farm to Fork, em parceria com a Techstars. Estamos reforçando nossa atuação e parcerias localmente por meio da expansão do Cargill Digital Labs para LATAM, EMEA e APAC. De acordo com os objetivos e estratégias de cada negócio, definimos a melhor forma de atuação. No Brasil temos, por exemplo, o investimento na Agriness, com quem estamos desenvolvendo soluções tecnológicas nos ecossistemas de produção animal.

 

LI – O que esperar das tecnologias para o setor?

JC – Existem muitas tecnologias capazes de alavancar o setor que produz grandes volumes, tem áreas muito específicas de aplicação e tem o compromisso em manter os custos de alimentos baixos para o mundo. Em geral, as tecnologias precisam ser robustas e com custos competitivos!

Confira o estudo completo Liga Insights com o tema AgTechs!