Ricardo Gonçalves, diretor de marketing e vendas da Pollux, foi um dos entrevistados para o estudo Liga Insights Indústria 4.0, lançado em fevereiro de 2020. Durante a entrevista, ele comentou sobre a maturidade das startups atuantes na indústria brasileira.
O estudo completo está disponível para download neste link.
Fundada em 1996, a Pollux é uma das empresas de automação industrial de maior destaque no Brasil, com mais de 1000 projetos implementados. A empresa oferece soluções de Manufatura Avançada, Robótica Colaborativa, Logística 4.0, Sistemas de Visão e Internet Industrial.
Liga Insights (LI) – Como você enxerga a maturidade da indústria 4.0 no Brasil?
RG – O grau atual de modernização de nossas fábricas é extremamente heterogêneo. Temos diversas fábricas ultramodernas operando no país, que inclusive são referências mundiais em indústria 4.0 para as unidades dos outros países, com suas tecnologias de robótica, linhas flexíveis e produtos customizáveis, por exemplo. Ao mesmo tempo, temos também ambientes de manufatura completamente defasados. A boa notícia é que o Brasil já possui no mercado todas as tecnologias e conhecimentos necessários para a virada tecnológica da indústria 4.0. Muitas empresas, inclusive, já iniciaram essa transformação e estão colhendo os benefícios.
LI – Há alguns segmentos que você considera em estágio tecnológico mais avançado no Brasil, quando pensamos na indústria 4.0? Se sim, quais e porquê?
RG – As montadoras do setor automotivo foram as primeiras a aderir a essa transformação, por ser um mercado extremamente competitivo e com foco em redução de custos. E como a indústria 4.0 vem em cadeia, logo o setor de autopeças continuou nesse caminho de transformação tecnológica. Atualmente, já vemos iniciativas muito relevantes também no setor de bens de consumo, bem como, no de bebidas e alimentos. As demandas do consumidor 4.0, que exigem customização e personalização, ajudaram a puxar essa transformação. Muitas das indústrias já entenderam que precisam entregar um novo patamar de experiência, inovação e qualidade para o consumidor final.
LI – Como vê o mercado de inteligência artificial e suas possíveis aplicações na indústria brasileira?
RG – A inteligência artificial pode ser uma grande aliada da indústria. Aqui na Pollux, já estamos utilizando essa tecnologia atrelada aos sistemas de visão para possibilitar inspeções e controles de qualidade que antes não eram possíveis. Um exemplo é a inspeção de conjuntos soldados, que não possuem padrão, e sempre foram um desafio para a indústria metal-mecânica e para a indústria automotiva.
LI – Quais as principais iniciativas da Pollux no âmbito da indústria 4.0 e quais benefícios?
RG – A Pollux é uma integradora de tecnologias que torna possível a virada tecnológica para a indústria 4.0. Nós temos o domínio das mais avançadas tecnologias e entregamos soluções turnkey para os nossos clientes a fim de garantir inovação, competitividade e redução de custos. Neste sentido, trabalhamos com soluções de linhas de montagem, máquinas especiais, robótica, veículos móveis autônomos, sistemas de visão e software industrial. Dessa forma, estamos conduzindo os principais projetos de transformação tecnológica 4.0 do Brasil, América Latina e, mais recentemente, iniciamos nossas operações no Canadá. Além disso, a Pollux também é cofundadora da ABII (Associação Brasileira de Internet Industrial), que tem como objetivo expandir o acesso às tecnologias da Internet Industrial no nosso país. Já os benefícios envolvem um aumento de eficiência, competitividade, redução de custos, segurança e controle de qualidade. A indústria 4.0 é uma questão de sobrevivência para as empresas que pretendem se manter relevantes no mercado.
Confira o estudo completo Liga Insights com o tema Indústria 4.0!