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Paula Mazanek, Diretora de Negócios Digitais do Banco do Brasil

Banco do Brasil

Paula Mazanek, Diretora de Negócios Digitais do Banco do Brasil, foi uma das entrevistadas para o estudo Liga Insights Open Banking, lançado em julho de 2019. Durante a entrevista, ela falou sobre os benefícios do compartilhamento de dados na indústria bancária do país.

O estudo completo está disponível para download neste link.

O Banco do Brasil é uma instituição financeira de economia mista e um dos cinco bancos estatais brasileiros. Possuindo mais de 15 mil pontos de atendimento e 5.429 agências em todo o país, o Banco do Brasil conta ainda com uma estrutura de mais de 109 mil colaboradores no Brasil. 

Com ampla experiência na indústria bancária e financeira, Paula Mazanek é graduada em Direito pelo Centro Universitário de Brasília e possui MBAs em Direito Bancário e Negócios Financeiros pela FGV e pela Universidade de Brasília, respectivamente.
Confira a seguir a entrevista na íntegra:

 

Liga Insights (LI) – Como o BB enxerga o movimento de Open Banking no Brasil? 

Paula Mazanek (PM) – O Open Banking vai contribuir para aprimorar a experiência dos consumidores de produtos e serviços bancários em todo o ecossistema brasileiro. É um estímulo importante para a inovação, para uma saudável ampliação da competitividade e, principalmente, para acelerar a transformação digital de todo o mercado bancário nacional, além de uma  excelente oportunidade para atuar de forma cada vez mais colaborativa com fintechs, por meio de parcerias. A implementação progressiva do Open Banking também é um fator que avaliamos como importante, pois permitirá não somente uma adequada padronização e evolução segura do modelo, como também a adaptação de todo o sistema financeiro e também dos consumidores a essa nova realidade.

 

LI – Vocês estão liderando as primeiras iniciativas do movimento no Brasil. Por que é importante estar nessa liderança?

PM – Ter saído na frente nos permitiu um aprendizado imenso e agora fica ainda mais evidente o quanto esse protagonismo foi importante. A evolução do BB em termos de TI, segurança cibernética e negócios digitais nos últimos anos tem alcançado resultados significativos, que devem se tornar cada vez mais relevantes no contexto das estratégias da empresa em todos os segmentos de atuação.  

 

LI – Que tipo de benefícios vocês conseguiriam trazer para o consumidor, a partir do compartilhamento de dados?

PM – Vislumbramos no horizonte muitas possibilidades, como a ampliação dos nossos produtos e serviços, que podem ser oferecidos tanto nas plataformas próprias do BB quanto na de terceiros, bem como a criação de novas funções e serviços que agregarão valor numa escala muito ampla. E, quando falamos de gerar valor, isso envolve expandir nossa atuação digital para além do banking tradicional, de modo a cada vez mais facilitar e aprimorar a experiência dos consumidores e tornar o relacionamento com os clientes cada vez mais relevante e capaz de gerar engajamento e encantamento.

 

LI – Como uma instituição, do porte como a de vocês, enxerga a questão do uso e privacidade dos dados dos correntistas?

PM – A Lei Geral de Proteção de Dados será um marco importante,  para que tanto os consumidores quanto todo o ecossistema bancário tenham diretrizes modernas e transparentes sobre compartilhamento e proteção de dados, bem como limites e consequências desse avanço. Mas, para bancos tradicionais, a segurança, o sigilo e a proteção dos dados de centenas de milhões de clientes é uma realidade com a qual lidamos há décadas, com contínuas evoluções em políticas e protocolos de segurança. O desafio, no caso do Open Banking, será construir padrões que preservem e inclusive aprimorem essa integridade já existente, uma vez que estamos falando de compartilhar dados para além do ambiente de cada banco.

  

LI – Qual a importância e papel das fintechs dentro desse movimento?

PM – A cultura e a forma de desenvolvimento de soluções das fintechs têm muito a contribuir para a indústria financeira. Além disso, muitas fintechs estão atuando em parceria com bancos, seja nas fases mais iniciais, seja no momento de escalar as soluções para os nichos em que atuam. Além do natural aumento da competitividade, essa troca de aprendizado e experiências entre bancos tradicionais e fintechs contribuirá para a evolução da indústria bancária como um todo, sendo que o principal beneficiário será o consumidor.

 

Confira o estudo completo Liga Insights com o tema Open Banking!