12 de setembro de 2022 Entrevistas

Heloisa Menezes, Diretora Técnica do Sebrae

Confira a entrevista com Heloisa Menezes, Diretora Técnica do Sebrae, na qual ela fala sobre os desafios e oportunidades para as MPMEs no cenário digital

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Heloisa Menezes, Diretora Técnica do Sebrae, esteve entre os entrevistados para o estudo Liga Insights Retail Techs, lançado em dezembro de 2018. Durante a entrevista, ela falou sobre os desafios e oportunidades existentes para as MPMEs em relação ao mundo digital e à adoção de tecnologias. Além disso, discorreu sobre a tendência da omnicanalidade e o papel do Sebrae no relacionamento com empresas desse porte e startups.

O estudo completo está disponível para download neste link.

O Sebrae, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, é uma instituição privada, que tem como objetivo incentivar o desenvolvimento de empreendimentos de micro e pequeno porte.

Heloisa Menezes é Bacharel em Ciências Econômicas pela PUC-SP. Com especialização em Economia e Gestão Empresarial, passou por entidades como Federação de Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Secretaria do Desenvolvimento da Produção. Desde 2015 é Diretora Técnica do SEBRAE.

Confira a seguir a entrevista na íntegra:

Liga Insights (LI) – Quais são os desafios e oportunidades das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) em relação ao mundo digital?

Heloisa Menezes (HM) – As tecnologias digitais mudaram a cultura, o mercado e o comportamento dos clientes. As pessoas estão mais conectadas, informadas, exigentes e viciadas em conveniência e velocidade. As empresas precisam se adaptar a essas mudanças para permanecerem relevantes. O grande desafio é acompanhar os avanços tecnológicos. As oportunidades são muitas. Tudo o que é repetitivo e padronizável pode ser digitalizado. Não apenas produtos e serviços para o cliente final, mas também os procedimentos internos que fazem a empresa funcionar. A ideia deve ser reduzir custos, simplificar processos e automatizar operações.

LI – Em um mercado que cada vez mais fala de omnicanalidade, como as MPMEs podem se posicionar?

HM – Os clientes desejam ser atendidos nos canais que lhes forem mais convenientes. Eles não têm fidelidade a nenhum canal. Isso significa que, na medida do possível, a empresa precisa dispor de várias formas de atendimento, seja presencial, seja remoto. É preciso que esses canais se comuniquem entre si e alimentem uma mesma base de informações, de modo que todas as interações sejam rastreáveis e gerem um histórico, para que a empresa aprenda sobre os clientes e melhore suas experiências.

LI – Como as tecnologias podem auxiliar as MPMEs em seus processos e planejamentos?

HM – Existem muitas metodologias, softwares, aplicativos e soluções digitais para simplificar rotinas gerenciais. Na medida do possível, é importante que o empresário busque conhecer as chamadas metodologias ágeis, que nasceram no desenvolvimento de softwares, mas expandiram suas aplicações para os mais diferentes tipos de atividade. Elas podem ajudar a tornar o planejamento mais rápido, mais simples, mais focado no cliente, na experimentação e na inovação.

LI – Qual a sua percepção sobre startups que focam em pequenas empresas?

HM –  É preciso considerar que 98,5% das empresas que estão no mercado são micro e pequenas empresas. São cerca de 15 milhões de pequenos negócios formais no Brasil. Um produto ou serviço de preço acessível, de fácil uso e que resolva um problema pode ter alta escalabilidade e chegar rapidamente a milhões de usuários. As startups precisam olhar mais para o Brasil, para as condições reais do mercado brasileiro, para as dores do nosso empreendedor, buscando identificar problemas que um plano de negócio bem estruturado poderá resolver.

LI – Qual o papel do Sebrae nesse contexto de digitalização, tanto no relacionamento com as MPMEs quanto com as startups?

HM –  O Sebrae é uma organização de mais de 45 anos. Também estamos experimentando a transformação digital. Não é fácil, simples e rápido, mas estamos decididos a caminhar nessa direção. Desejamos ser um lugar de interação, de encontro e de troca entre os pequenos empresários, que já nos conhecem e têm confiança nos nossos serviços, e todos os desenvolvedores de soluções para os problemas dos pequenos negócios. Estamos presentes na maioria dos espaços de inovação e aceleração de novos negócios, no ecossistema das startups. Queremos ser a maior comunidade de interessados em pequenos negócios do Brasil e queremos que as startups sejam nossas parceiras para promover a competitividade das micro e pequenas empresas.

Confira o estudo completo Liga Insights com o tema Retail Techs

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