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Ruy Shiozawa, CEO da Great Place to Work (GPTW)

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Ruy Shiozawa,CEO da Great Place to Work – GPTW, foi um dos profissionais entrevistados para o estudo Liga Insights HR Techs, lançado em março de 2018. Durante a entrevista, ele falou sobre a relação entre inovação e a área de RH, as oportunidades que existem dentro do segmento e a importância das HR Techs dentro de um cenário de transformação.

O estudo completo está disponível para download neste link.

A GPTW é empresa global de consultoria que auxilia e estimula empresas a criarem e manterem bons ambientes de trabalho.

Ruy Shiozawa é Engenheiro de Produção e Mestre pela Escola Politécnica da USP. Possui especializações no IMD (Suiça), Wharton (EUA), AOTS (Japão) e IESE (Espanha). Autor do livro “Qualidade no Atendimento e Tecnologia de Informação” pela Editora Atlas e ex-CIO de empresas como GVT, Claro Brasil e VR, é CEO da GPTW desde 2008.
Confira a seguir a entrevista na íntegra:

 

Liga Insights (LI) – Como você percebe a relação e papel das áreas de RH de empresas com o tema inovação?

Ruy Shiozawa – GPTW (RS) – Inovação é igual a pessoas. Isso significa que a partir do desenvolvimento de pessoas que você consegue gerar e viabilizar inovação. Então, se há alguém dentro das corporações que deve estimular e provocar isso, esse alguém é a área de Recursos Humanos. Infelizmente essa ainda não é a regra geral.

Quando falamos de inovação hoje, automaticamente pensamos na área de tecnologia, na área de marketing e nas áreas de negócios. Se eu quero promover inovação na minha corporação, o ideal seria ter a área de RH sempre provocando, organizando e apoiando esse processo. 

LI – O RH precisa ser mais protagonista em termos de inovação?

RS – Você precisa contratar bem! Ter boas pessoas e parceiros ao seu redor. Não basta achar o cara que tenha a tecnologia que você quer, mas é preciso também ter um alinhamento cultural. A maior parte dos fracassos em projetos não é por questões de dinheiro ou de tecnologia, mas sim por um fit cultural. Para ter uma maior participação do RH nesses processos, é preciso criar formas dessas interações existirem. Não adianta ficarmos só na exposição teóricas dessas propostas.

O RH pode ser sim um dos primeiros testadores dessas novas formas, conseguindo vender para as demais áreas o próprio case realizado e seus resultados. Para fazer, tem que saber. Para saber, tem que ser proativo em buscar e em empreender. Raramente você encontra profissionais de RH em eventos sobre inovação. É um desperdício de oportunidade não ocupar este espaço.

LI – Conhece algum caso de sucesso do papel do RH nesse processo de inovação nas empresas?

RS – Mudanças são sempre um desafio e você precisa preparar pessoas para isso acontecer.  A preparação de lideranças é fundamental para isso acontecer. O RH tem papel preponderante nesse processo de transformação dos negócios.

LI – Há oportunidades para inovação nas áreas e processos do RH?

RS – Em todas as áreas, sem exceção. Há muitas oportunidades para isso e, por isso, o profissional de RH precisa acelerar seu processo de maturidade digital. Com isso, ele poderá trazer soluções que façam sentido para a organização, transformando a área RH em algo que atue de fato na estratégia e não foque suas energias em processos operacionais.

LI – Entre startups e empresas, existem oportunidades nesse relacionamento?

RS – As organizações tradicionais têm suas fortalezas, como marca, presença de mercado e carteira clientes, mas apresentam também seus pontos fracos como morosidade, lentidão e burocracia. Na outra ponta, as startups vêm com inovação e velocidade, mas não têm as portas abertas no mercado.

Nesse encontro de caminhos existe uma grande oportunidade, nessa complementaridade. A startup pode trazer suas competências e, junto das empresas, identificar oportunidades de cocriar e codesenvolver. Qualquer startup quer crescer e ficar gigante e as empresas precisam se renovar.

 

Confira o estudo completo Liga Insights com o tema HR Techs!