Rosely Chaolen, Head of Information and Digital Technology Brazil na BAT (British American Tobacco)
Confira a entrevista do Liga Insights com Rosely Chaolen, Head of Information and Digital Technology Brazil na BAT (British American Tobacco), sobre o papel do IoT no setor industrial brasileiro
Rosely Chaolen, Head of Information and Digital Technology Brazil na BAT (British American Tobacco), foi uma das entrevistadas para o estudo Liga Insights Indústria 4.0, lançado em fevereiro de 2020. Durante a entrevista, ela comentou sobre o papel da internet das coisas na evolução da indústria 4.0 no Brasil.
O estudo completo está disponível para download neste link.
Com sede em Londres, a BTA (British American Tobacco) é a maior empresa produtora de tabaco do mundo, com presença em mais de 200 países. A companhia é acionista majoritária do Grupo Souza Cruz.
Liga Insights (LI) – Por que assuntos como Agricultura 4.0 e Biotecnologia – ligados a IoT e sensorização – são importantes para vocês?
Rosely Chaolen (RC) – A Souza Cruz é uma empresa presente em todas as etapas da cadeia produtiva, com processos que envolvem desde a compra do tabaco até a entrega do produto no varejo. Nesses mais de cem anos de história, nos mantivemos fiéis ao empreendedorismo e inovação. Enxergamos na exportação de tabaco – um pilar muito forte do nosso país – uma oportunidade para aplicar ainda mais tecnologia. Com o objetivo de melhorar a qualidade da safra, em um segmento com muitos concorrentes, é necessário fazer com que a produção atinja níveis elevados de qualidade ano após ano. A tecnologia aplicada ao meio rural nos leva a uma agricultura de maior precisão, que nos ajuda a atingir resultados melhores.
LI – Por que você acha que é importante implementar essas tecnologias e conceitos nos processos de manufatura da companhia?
RC – Entendemos que implementar tecnologias em toda a cadeia agilizaria o processo de transformação pelo qual a nossa indústria está passando. Na área industrial, nosso primeiro foco foi na excelência operacional, em reduzir os custos operacionais da companhia. Entendemos que era necessário otimizar o consumo de energia nas caldeiras e melhorar a performance, com menor custo de manutenção. O mesmo vale para máquinas e equipamentos: precisávamos identificar o comportamento de produção e identificar ações preventivas que reduzissem as paradas para manutenção. Atualmente, os dados gerados pelos sensores contidos nestes equipamentos são analisados em modelos de Data Analytics e Machine Learning, que conseguem identificar paradas futuras dos equipamentos e como operá-los de forma mais otimizada.
LI – Você vê o IoT industrial como um primeiro passo em direção à Indústria 4.0?
RC – Sem dúvida nenhuma, IoT é fundamental para a modernização de qualquer indústria e não é diferente na indústria de tabaco. Iniciamos a aplicação de IoT para atingir a excelência operacional, mas também identificamos oportunidades em IoT em outras áreas da companhia, visando realmente fazer uma disrupção no mercado. Hoje, a Souza Cruz atende mais de 200 mil varejos e boa parte deles já estão usando nossos canais digitais para realizar a compra dos nossos produtos, ganhando agilidade. Há inúmeras oportunidades do uso de IoT nas áreas de logística, pré-separação e, por que não, no próprio varejo.
LI – Qual você acha que é a importância das startups nesse cenário de popularização dessas tecnologias de IoT e sensores?
RC – É um excelente parceiro, que traz um expertise em tecnologias de IoT específicas para determinados fins, uma nova perspectiva sobre nossas dores, uma forma mais ágil de trabalhar e uma cultura de inovação. As startups trazem uma ousadia e agilidade que desafiam nossos talentos a buscarem pensar cada vez mais fora da caixa. Este é o momento certo da indústria para juntar nossos 100 anos de solidez e vanguardismo com a inovação das startups.
Confira o estudo completo Liga Insights com o tema Indústria 4.0!