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Guy Perelmuter, Fundador e CEO da GRIDS Capital

Confira a entrevista do Liga Insights com Guy Perelmuter, Fundador e CEO da GRIDS Capital, sobre as oportunidades no mercado de Deep Techs

Guy Perelmuter, Fundador e CEO da GRIDS Capital, foi um dos entrevistados para o estudo Liga Insights: Deep Techs, lançado em agosto de 2020. Durante a entrevista, ele falou sobre as oportunidades no mercado global de deep techs.

O estudo completo está disponível para download neste link.

Fundada em 2016, a GRIDS Capital é uma gestora de venture capital especializada no mercado de deep techs.

Com ampla experiência no setor de investimentos, Guy Perelmuter é graduado em engenharia da computação e mestre em inteligência artificial pela PUC-RJ. Fundou a GRIDS Capital em 2016.
Confira a seguir a entrevista na íntegra:

 

Liga Insights (LI) – Como você enxerga as oportunidades de investimento e maturidade do ecossistema de deep techs, assumindo um ponto de vista global?

Guy Perelmuter (GP) – Creio que existe um aumento na percepção do público em geral que desafios como a pandemia da COVID-19 ou as mudanças climáticas que seguem em curso só poderão ser endereçadas de forma efetiva por novas tecnologias em áreas como biotecnologia, robótica, inteligência artificial, nanotecnologia, energia e outras. Além disso, qualquer empresa será impactada pelos efeitos, nos seus respectivos mercados de atuação, da convergência de múltiplas tecnologias. Isso, aliado ao investimento em pesquisa básica e à evolução de microprocessadores, armazenamento digital, sensores e smartphones criou o ambiente ideal para a contínua expansão das oportunidades de investimento.

LI – Quais os principais desafios, na sua visão, para integrar tecnologia, ciência e negócios, dentro do mercado brasileiro?

GP – Acredito que há três grupos de desafios que precisam ser endereçados simultaneamente. O primeiro é a realização de um programa maciço de investimentos em pesquisa nos centros tecnológicos espalhados pelo país e pelas universidades. O segundo, é a simplificação do processo de transferência tecnológica entre academia e indústria. E o terceiro é o incentivo para que pessoas físicas e jurídicas façam parte deste círculo virtuoso, com políticas públicas que incentivem o capital de risco que esteja buscando avanços tecnológicos com repercussões positivas para sociedade. O adequado uso da tecnologia é um elemento catalisador de eficiência, produtividade, emprego e renda. 

LI – Quais setores têm investido mais fortemente nas deep techs no Brasil e globalmente?

GP – De forma geral, ciências da vida – seja em terapias, diagnósticos, genômica, saúde digital, cirurgia robótica e desenvolvimento de novas drogas, por exemplo – é uma das áreas que vem atraindo bastante interesse, mesmo no período pré-pandemia. Em 2019, apenas nos Estados Unidos foram quase US$ 20 bilhões investidos em startups do setor. Infraestrutura Tecnológica e Inteligência Artificial também ocupam lugar de destaque atualmente. Os investidores em geral são fundos de venture capital ou fundos de corporate venture capital – empresas que, atentas ao potencial de mudanças sobre seus respectivos negócios, procuram se posicionar junto ao ecossistema de inovação.

LI – Pode citar algumas iniciativas, projetos e cases da GRIDS Capital e como vocês têm trabalhado para estimular o mercado de deep techs?

GP – Escrevi o livro “Futuro Presente – o mundo movido à tecnologia” (Ed. Companhia Nacional, 2019) para divulgar a importância das novas tecnologias que irão modelar o mundo nas próximas décadas e destacando a importância da inserção do país nesse contexto. Também fazemos parte do Conselho da EMERGE Labs, que atua junto a Universidades e centros de pesquisa procurando trazer suas inovações para o mercado. Além disso, mantemos um diálogo permanente com a academia e com agentes de transformação interessados em colaborar com o ecossistema nacional de inovação em deep tech, como o próprio STATE.

 

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