Andrea Mansano, Vice-Presidente LATAM da EF Education First
Confira a entrevista do Liga Insights com Andrea Mansano, Vice-Presidente LATAM da EF Education First, sobre o papel da tecnologia na transformação do ensino
Andrea Mansano, Vice-Presidente LATAM da EF Education First foi uma das entrevistadas para o estudo Liga Insights EdTechs, lançado em junho de 2019. Durante a entrevista, ela falou sobre as oportunidades de inovação e os desafios para implementação de tecnologia no mercado de educação.
O estudo completo está disponível para download neste link.
A EF Education First é uma empresa educacional fundada em 1965 e especializada em intercâmbio cultural, viagens educacionais, promoção de cursos de idiomas no exterior e programas para admissão em universidades de língua inglesa. Com escritório central na Suiça, a companhia está presente em mais de 100 países.
Liga Insights (LI) – Como a tecnologia pode contribuir para transformações no ensino e aprendizagem?
Andrea Mansano (AM) – Nós acreditamos que as novas tecnologias vieram para facilitar o processo de aprendizado, na medida em que elas potencializam o acesso à educação. A EF Education First, por exemplo, foi a primeira a usar um ambiente virtual para dar aulas de idiomas, já no ano de 1998. Nós acreditamos também no protagonismo dos estudantes, e a tecnologia acelera e fortalece este movimento de autonomia na educação.
LI – Levando em consideração os processos de globalização e digitalização, o que os estudantes devem buscar para se prepararem melhor?
AM – As inovações disruptivas acontecem o tempo todo, de modo cada vez mais veloz e em todos os segmentos. Neste sentido, precisamos entender que há um conjunto de habilidades que serão extremamente necessárias neste novo contexto. É o caso da capacidade de resolução de conflitos; de se trabalhar em times multiculturais – cenário este favorecido pela globalização. É fundamental também ter empatia, habilidades de comunicação para defender seus projetos e dialogar. Em outras palavras: precisamos, sim, desenvolver skills técnicas, mas não podemos abrir mãos das habilidades socioemocionais.
LI – O que a EF tem feito para fortalecer a inovação?
AM – Há uma série de iniciativas que podemos citar ao longo dos últimos anos. Em 2004, por exemplo, inserimos as aulas em vídeo no contexto de nossos cursos; em 2011, foi a vez dos aplicativos, já incentivando a tendência do mobile learning; em 2013, começamos a trabalhar com o ensino adaptativo por meio de algoritmos, permitindo que os estudantes construíssem suas próprias jornadas de aprendizado; em 2014, lançamos o EFSET, primeiro teste padronizado e gratuito de inglês no mundo. Por fim, em 2017, os alunos ganharam a possibilidade de realizar aulas direto do celular com professores nativos, sempre com a proposta de uma experiência imersiva. Atualmente, estamos usando a tecnologia de realidade aumentada para ajudar os profissionais a aprender o vocabulário das coisas que estão ao seu redor, assim como objetos gerados em 3D, diretamente do smartphone. Além disso, em breve lançaremos um novo e revolucionário chatbot, que é um aplicativo de aprendizado de idiomas orientado por conversas baseado em IA.
LI – Como funciona o modelo de Teste Adaptável, utilizado pela EF em seu Standard English Test?
AM – O EFSET (EF Standard English Test) tem como objetivo avaliar, de forma rápida, as habilidades passivas do estudante. O teste segue um padrão adaptativo por meio de Inteligência Artificial, está de acordo com o Marco Comum Europeu e é o primeiro passo para qualquer aluno dentro de nossa escola. Muitas empresas e universidades também utilizam o EFSET nos processos de seleção e admissão. Quando existe a necessidade de avaliar as habilidades de conversação dos profissionais, o EFSET Speaking conta com a revisão de professores nativos.
LI – Quando pensamos em inovação e tecnologia, como o Brasil e LATAM estão em comparação com outros países de atuação da EF?
AM – Pela nossa experiência, temos visto o Brasil assumir uma posição de protagonismo na região. Há países, por exemplo, em que ainda se discute muito a diferença entre o aprendizado virtual versus presencial. No Brasil, essa questão cultural já é menor, pois as empresas estão cada vez mais abertas para o aprendizado virtual. Do ponto de vista estrutural, no entanto, ainda há muitos desafios para acelerar a transformação digital.
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