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José Claudio Securato, CEO da Saint Paul Escola de Negócios

Confira a entrevista do Liga Insights com José Claudio Securato, CEO da Saint Paul Escola de Negócios, sobre os desafios para a inserção de novas tecnologias no ambiente educacional

José Claudio Securato, CEO da Saint Paul Escola de Negócios, foi um dos entrevistados para o estudo Liga Insights EdTechs, lançado em junho de 2019. Durante a entrevista, ele falou sobre os desafios para a inserção de novas tecnologias no ambiente educacional brasileiro e o mercado das startups de educação.

O estudo completo está disponível para download neste link.

Presente, por 5 vezes, no ranking das melhores escolas executivas do mundo do Financial Times, a Saint Paul Escola de Negócios é uma das principais instituições de pós-graduação e educação corporativa do Brasil, mantendo parceria com universidades renomadas como Harvard Business School, Columbia University e ESMT.

José Claudio Securato tem ampla atuação na área financeira e como advogado, possuindo graduação em Economia e Direito pela PUC-SP, mestrado e doutorado em Administração pela PUC-SP e pela USP, respectivamente. Desde 2003 é CEO da Saint Paul Escola de Negócios.
Confira a seguir a entrevista na íntegra:

 

Liga Insights (LI) – Do ponto de vista da infraestrutura para a inovação, como você enxerga o ambiente educacional brasileiro?

José Claudio Securato (JS) – Acredito que as escolas ainda tem um viés muito tradicional. A verdade é que isso não ocorre apenas no Brasil. Quando paramos para analisar iniciativas internacionais, os projetos de transformação digital e tecnologia ainda me parecem muito iniciáticos. A educação, é importante salientar, foi se tangibilizando, ao longo da história, sob a forma de instituições com pouca abertura para a inovação. Neste sentido, há um longo caminho de mudança cultural que precisa ser percorrido.

 

LI – Que desafios precisam ser superados para que a educação no Brasil conte com um suporte maior das novas tecnologias?

JS – Na minha visão, as escolas e as universidades ainda traduzem o modelo social e econômico da época industrial, um modelo de ensino no qual perguntar não é importante, que tolhe a criatividade, a curiosidade, as soluções para problemas complexos. O erro, nesse contexto, não é visto como uma oportunidade para a obtenção de conhecimento e o próprio modelo de avaliação desfavorece os processos colaborativos. Dito isso, o que precisa ser feito, essencialmente, é uma reflexão sobre o futuro do trabalho. Toda educação deve ser repensada levando em conta a sociedade, a economia, a cultura e as novas tecnologias deste contexto do futuro.  

 

LI – Quais as tendências tecnológicas para educação nos próximos anos, na tua visão? 

JS – Enxergo 9 tendências centrais: Aprendizagem personalizada e adaptativa; lifefelong learning e aprendizagem em micromomentos; uma tendência de microcertificações, em que combino certificados para obter uma titulação; o social learning ou crowdlearning – em que utilizo a interação com outras pessoas para adquirir conhecimentos práticos; a democratização da educação, para serviços educacionais mais acessíveis; a inteligência artificial que, na minha visão, deve trazer a melhor interface para se aprender no contexto das novas tecnologias; o ensino híbrido; o uso de Big Data para uma melhor estruturação das metodologias de ensino e o blockchain para um processo de certificação e validação de certificados das instituições. 

 

LI – Quais as iniciativas para fomentar uma mentalidade mais inovadora em suas escolas?

JS – Em 2016 nos propomos a repensar 100% do nosso modelo educacional com foco na transformação digital. A partir desta visão, criamos o LIT, uma plataforma de onlearning que engloba metodologias e diversas inovações nas quais acreditamos: educação personalizada, autodirecionada, tecnologias mobile, IA. Criamos também uma colmeia de inovação – ambiente propício para a disrupção e colaboração, incluindo professores e facilitadores com metodologias colaborativas. O ambiente é conectado à nuvem da IBM, com tecnologias desenvolvidas para a resolução de problemas específicos do processo de inovação.  

 

LI – A Saint Paul mantém parcerias com startups ou outras empresas que oferecem tecnologias?

JS – Estamos abertos ao mercado de EdTechs e acreditamos na importância da discussão de novas tecnologias no ambiente educacional. Não temos nenhuma parceria por enquanto, pois, até o momento, tivemos contato com startups que oferecem ótimas ferramentas de sustentação e para gerar eficiência em processos, mas estamos em busca de soluções disruptivas, que de fato transformem os processos de ensino e aprendizagem.

 

Confira o estudo completo Liga Insights com o tema EdTechs!

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