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Entrevistas | TITI

Italo Flammia, Chief Innovation and Digital Officer na Porto Seguro

Confira a entrevista do Liga Insights com Italo Flammia, Chief Innovation and Digital Officer na Porto Seguro

Italo Flammia, Chief Innovation and Digital Officer na Porto Seguro, foi um dos profissionais entrevistados para o estudo Liga Insights IT Startups, lançado em julho de 2018. Durante a entrevista, Flammia discorreu sobre a promoção de inovações na área de TI e como os CIOs e CTOs podem atuar em conjunto para isso. 

O estudo completo está disponível para download neste link

A Porto Seguro é uma das maiores seguradoras do Brasil e mantém constante relacionamento com startups por meio da Oxigênio Aceleradora, aceleradora de startups criada pela empresa em 2015.

Italo Flammia é bacharel e Mestre em Administração de Negócios. Foi Diretor de TI em grandes corporações, como Natura e SODEXO. Desde 2009 na Porto Seguro, atualmente é Chief Innovation and Digital Officer na empresa. 
Confira a seguir a entrevista na íntegra:

 

Liga Insights (LI) – Além de promover a inovação na corporação como um todo, como é promover inovações dentro de uma área como a de TI, que é associada como responsável por inovações?

Italo Flammia (IF) – Independentemente da área, o fomento de inovação envolve uma discussão sobre risco. Ao mesmo tempo, por ser cobrada para que processos funcionem adequadamente, a implementação de novas tecnologias ou técnicas em TI se torna complexa, pois esta é uma área na qual não podem existir erros. Isso se torna destrutivo para inovação. Não haver abertura a riscos elimina chances de adoção de tecnologias, técnicas e metodologias novas.

Assim, o incentivo à inovação deve ser feita por meio de uma adoção nichada, em projetos nos quais possam ser cometidos pequenos erros, em que riscos são aceitos. O teste em processos menores permite o aprendizado, ajuste e entendimento da grandeza do risco que se corre ao implementar algo novo. É a partir dessa avaliação inicial que é possível decidir se haverá uma ampliação para outros projetos ou departamentos da empresa. Simultaneamente, são precisos foco e pessoas importantes que participem disso e que pensem no avanço consciente de processos mais críticos.

LI – De que forma os CIOs e CTOs podem atuar juntos para catalisar as mudanças necessárias em tecnologia?

IF – Os dois profissionais precisam trabalhar juntos para que não haja uma desconexão, mesmo que um seja mais focado em tecnologia e infraestrutura e o outro seja mais focado em sistemas e processos. A responsabilidade dessa catalisação depende da agenda, da prioridade e pendências da área. Se a agenda é muito operacional, não haverá inovação. Além disso, independentemente do profissional ser um CIO ou um CTO, é preciso que se tenha uma característica de inovação que envolve o entendimento sobre um ambiente desnormalizado e a propensão a correr riscos.

LI – O que é esperado das startups que oferecem inovações para as corporações?

IF – As startups precisam ter uma proposta de valor que envolva a resolução de um problema que a área de TI possua. Suas soluções também têm de apresentar uma relação custo-benefício atrativa, no sentido de gerarem resultados positivos. Além disso, é preciso disponibilizar suporte técnico quando problemas ocorrerem, uma vez que TI é responsável por manter os sistemas funcionando.

LI – Como surgiu a ideia de inovar por meio de startups na Porto Seguro?

IF – Em meio a um cenário de competitividade acirrada, procuramos a diferenciação de mercado correndo atrás da velocidade das mudanças e das expectativas dos clientes. Precisávamos trazer produtos semiprontos do ecossistema de startups para que pudéssemos transformá-los em soluções para o nosso negócio. Dessa forma, estudamos modelos de aceleração de startup, fizemos benchmarkings e definimos nossa estratégia.

Em setembro de 2015 criamos a Oxigênio Aceleradora com quatro objetivos principais. Primeiro, acessar soluções que podiam agregar diferenciais aos produtos e serviços da Porto. Segundo, estimular a cultura interna do interempreendedorismo, inspirando os funcionários por meio dessa aproximação com startups. Depois, nos conectarmos a talentos externos que poderiam, em algum momento, vir trabalhar conosco. Por fim, investir em startups com potencial exponencial de crescimento. Hoje, em parceria com a Liga Ventures, já foram mais de 25 startups aceleradas em 2 anos e meio de Oxigênio.

Confira o estudo completo Liga Insights com o tema IT Startups

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