ARTIGO DE OPINIÃO
Por: Mariana Godinho Palhares / Fonoaudióloga, Sócia-Proprietária da 2um e Consultora em Comunicação
Um dos maiores desafios do período de isolamento social é a comunicação. Se comunicar bem é um desafio para muitos e, no contexto atual, esse pode ser um problema que ganha maiores proporções.
O que todos querem é manter uma comunicação clara, assertiva e eficaz em seus relacionamentos, sejam eles profissionais ou pessoais, mas muitos não entendem o poder de uma boa comunicação. Para tanto, é necessário criar conexões mais humanas por meio da empatia e da transparência. Isto fará com que estes relacionamentos saiam da pandemia mais fortalecidos e conectados.
Comunicação é ferramenta de conexão. Para que conexões aconteçam, antes de tudo, é preciso ouvir. Ouvir de forma ativa, não apenas escutar já elaborando sua próxima resposta. Praticar a escuta pró-ativa contribui para que as pessoas sejam mais empáticas e entendam a realidade uns dos outros. E empatia é a base para uma comunicação assertiva. Entender, por exemplo, que a realidade de uma pessoa que é pai ou mãe, convivendo com crianças entediadas, confinadas dentro de casa, talvez seja diferente da realidade de uma pessoa que more sozinha ou apenas com adultos.
O outro aspecto que também contribuirá para uma comunicação eficaz é a transparência. Deixar claro para ambos os lados qual objetivo deseja atingir com aquela conversa, fazer com que equipes fiquem cientes de tudo que está acontecendo na empresa e suas decisões, e se comunicar de forma clara, mostrando fatos específicos da situação, torna a compreensão dos interlocutores mais fácil, acessível e gera segurança. Para garantir o entendimento do outro, é necessário utilizar uma linguagem simples, com termos de fácil interpretação, e criar rapport, adaptando a sua forma de falar e de se comunicar à do seu ouvinte.
Além de tudo, é importante criar conexões humanas que sejam genuínas! Sabemos que a tecnologia pode tornar as relações frias e distantes, principalmente utilizando apenas recursos auditivos e não explorando recursos interativos que, atualmente, várias soluções oferecem.
Neste sentido, criar conexões humanas genuínas faz com que a comunicação aconteça de forma mais fluida. E fazemos isto quando sabemos que o outro é um ser humano cheio de angústias, frustrações e expectativas. Portanto, demonstrar sua preocupação sincera com o outro, entender o que ele realmente espera de você, de preferência, utilizando a câmera e outros recursos interativos, irá elevar o nível e a conexão de qualquer relação.
Teremos muitos aprendizados durante a pandemia. Talvez o maior deles será nos comunicar de forma mais consciente. Assim como todas as outras habilidades, nós só aprendemos a nos comunicar praticando. E todo processo de aprendizado é construído por erros e acertos. Portanto, entender as principais falhas de comunicação é o primeiro passo para ajustar o que precisa ser melhorado.
Quando todos entenderem esta necessidade, as relações serão mais leves, fáceis e eficazes. Até lá, preocupe-se em fazer a sua parte!
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Sobre o Follow-On:
Com uma rede que já conta com mais de 90 parceiros, o Follow-on é uma iniciativa organizada pela Liga Ventures que tem como objetivo reforçar a crença no ambiente empreendedor e de inovação do Brasil diante do cenário atual. O Follow-on quer contribuir para a discussão de uma Agenda Positiva de retomada, pautando as ações de inovação com startups como algo fundamental também em momentos de crise. A nossa rede está organizando uma série de apresentações de pitches de startups, conteúdos especiais, painéis com especialistas, cases estruturados, artigos de opinião, entre outros formatos para que possamos fundamentar ainda mais nossas decisões para uma Agenda Positiva de retomada.
Sobre a Liga Ventures:
Criada em 2015, a Liga Ventures é uma das maiores aceleradoras de startups do país e pioneira no mercado de aceleração corporativa e corporate venture, com parceiros como Porto Seguro, GPA, Banco do Brasil, Brink’s, Embraer, Mercedes-Benz, TIVIT, Saint-Gobain, Unilever, Vedacit, Souza Cruz, Suvinil, Bauducco, Ferrero, Colgate-Palmolive, Unimed FESP e Sodexo. A Liga também já acelerou mais de 200 startups nos ciclos de aceleração e criou mais de 25 estudos inéditos por meio do projeto Liga Insights, apontando startups que estão inovando nos setores de AutoTech, Retail, Tecnologias Emergentes, HR Techs, Health Techs, IT, Real Estate, Food Techs, MarTechs, AgroTechs, EdTechs, entre outros.