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Definindo tecnologias emergentes

As tecnologias que vão alterar o mercado nos próximos anos

Odesenvolvimento da ciência e da tecnologia é fundamental para construir e suportar o futuro emergente. Seus avanços permitem que novos cenários sejam criados e as tecnologias emergentes vêm ganhando cada vez mais espaço na discussão sobre o futuro dos negócios e da sociedade como um todo. A ausência de consenso na definição, entretanto, demonstra que o conceito ainda é recente e ainda está sendo compreendido.

O que são tecnologias emergentes?

Para definir o conceito “tecnologias emergentes”, o Liga Insights sintetizou as informações encontradas principalmente no meio acadêmico e considerou como emergentes as tecnologias com potencial para criar ou transformar o ambiente de negócios nos próximos cinco a dez anos, que poderão alcançar grande influência econômica, mas que ainda não se consolidaram. São tecnologias que geralmente já possuem aplicações práticas, despertam grande interesse de empreendedores, corporações e investidores por seu potencial de rápido crescimento e impacto na sociedade e que ainda não foram plenamente exploradas.

De acordo com Frank Diana, consultor e especialista em evolução e futuro dos negócios, a importância das emerging technologies se dá pelo potencial que a ciência e a tecnologia têm para mudar os padrões de vida e a maneira como a sociedade interage.

Elas nos darão a plataforma para resolver os maiores desafios do mundo. Estamos à beira de uma nova melhoria em relação aos padrões de vida, com potencial de alcance global. Podemos levar em consideração os avanços em robótica, nanotecnologia e biotecnologia, resultando, por exemplo, em ambientes sustentáveis e maior expectativa de vida”, afirma Diana.

Simultaneamente, também se tornam fatores responsáveis pelas mudanças e transformações no ambiente de negócios. Influenciam na reestruturação de indústrias e setores do mercado, com a mudança dos modelos tradicionais de produção e distribuição de produtos, ideias e informações. Diana acredita que, como o crescimento de tecnologias emergentes está sendo um dos responsáveis pelas mudanças das próximas décadas, determinados negócios encontrarão dificuldades: “Se não conseguirem ver a chegada das mudanças e criar uma cultura de adaptação às tecnologias, não sobreviverão”, diz o especialista.

A necessidade de investimento em tecnologia

De acordo com o estudo The State of Tech Investment by the Fortune 500, divulgado pelo CB Insights, as empresas consideradas non-tech estão perdendo valor de mercado para as “gigantes da tecnologia”. Como resposta, algumas empresas veem o investimento em tecnologias emergentes como uma oportunidade para sobreviverem às mudanças, como é o caso da J. P. Morgan. O CEO global, Jamie Dimon, anunciou que a empresa investiu US$ 9,5 bilhões nessas tecnologias em 2016.

Segundo relatório divulgado pelo IDC (International Data Corporation), os investimentos em inteligência artificial poderão atingir a marca de US$ 46 bilhões até 2020. Somente em 2017, o instituto prevê um investimento de US$ 12,5 bilhões, 60% a mais do que em 2016. Outro relatório, o Big Ideas, divulgado em junho de 2017 pela ARK Invest, prevê que o mercado de manufatura aditiva (impressões 3-D) poderá atingir US$ 41 bilhões até 2020. O de robótica e automação, US$ 12 trilhões até 2035.

Arte com informações sobre a expectativa de investimento em tecnologias emergentes até 2020.

Por outro lado, não são todas as empresas que aderiram a esse movimento de mercado. De acordo com a pesquisa Global CIO Survey: Creating Legacy, divulgada em janeiro de 2016, pela Deloitte, somente 15% dos entrevistados afirmaram que a empresa destina os recursos financeiros para tecnologias emergentes. O estudo da consultoria ainda aponta que 84% do orçamento de TI é gasta em execução de operações diárias, apesar de 45% afirmarem que uma das prioridades empresariais é a inovação.

A realidade brasileira

No Brasil, pode-se perceber que, apesar de ser um mercado receptivo para adoção de tecnologias, o cenário de tecnologias emergentes no país ainda é incipiente. Pela pesquisa inicial de definição e categorização, identificamos que muitas delas ainda se encontram em fase de consolidação e desenvolvimento. Entretanto, vêm ganhando relevância no mercado brasileiro. Tecnologias de IoT, por exemplo, já movimentaram US$ 1,7 bilhão no Brasil, segundo o Índice Qualcomm da Sociedade da Inovação (QuISI) 2016.

Das 7.512 startups brasileiras analisadas pela Liga Ventures, 193 estão relacionadas às tecnologias emergentes, inseridas em setores como os de agricultura e pecuária, saúde e bem-estar, construção e arquitetura, tecnologia da informação e energia. Verificamos que ao redor do mundo existem mais de 250 tecnologias emergentes aplicadas em aproximadamente 30 áreas, variando de acordo com os planos de desenvolvimento dos países e seu perfil de empreendedorismo e do empreendedor.

Confira aqui o mapa de startups brasileiras relacionadas às tecnologias emergentes.

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